Vigilância Pré-Natal
A vigilância pré-natal consiste em toda a assistência prestada à grávida durante os nove meses de gestação, com o objetivo de diminuir o risco de complicações quer para a mãe, quer para o bebé. É recomendado que todas as grávidas tenham uma vigilância adequada da gravidez, que deve até ser iniciada antes da conceção, numa consulta pré-conceção, pois o ideal é prevenir o aparecimento destas potenciais complicações e permitir à mulher prepara-se para a gestação.
Ao longo da gravidez, a mãe realiza exames específicos para a monitorização de sua saúde e do bebé, com o objetivo de identificar precocemente doenças e outras complicações que podem prejudicar o normal decurso da gravidez.
Assim como na consulta pré-conceção, durante o vigilância da gravidez a mulher recebe todas as orientações pertinentes à gestação e ao parto, tendo a possibilidade de esclarecer todas as suas dúvidas. Essa conduta prepara previamente a mulher para enfrentar os desafios desta fase tão importante da sua vida.
Certas doenças podem manifestar-se durante a gravidez, como a diabetes gestacional e a doença hipertensiva da gravidez, com efeitos graves sobre a gestante e eventualmente sobre o bebé, se não forem devidamente diagnosticadas e controladas.
Como é feita a vigilância pré-natal?
Durante a gravidez, a grávida tem consultas mensais (pelo menos seis ao longo dos nove meses) com o obstetra, que solicita exames e acompanha os resultados, fazendo as devidas orientações. À medida que a gravidez avança, as consultas vão sendo mais frequentes, sendo naturalmente a frequência das consultas ajustada a cada caso específico.
Os exames mais solicitados são:
- Ecografias;
- Análises sanguíneas e urinárias;
- Rastreio do cancro do colo do útero;
- Teste de tolerância oral a glicose;
Alguns desses exames são realizados ou repetidos em diferentes momentos da gravidez, como a ecografia para acompanhar o desenvolvimento do bebé.
Ecografias
O exame mais comum durante a vigilância pré-natal é a ecografia, necessária para uma correta monitorização do desenvolvimento do bebé e identificação precoce de alguns problemas maternos. Na ecografia, é possível observar se a gravidez está a desenvolver-se de forma adequada e se há algum problema com o bebé ou na cavidade uterina. Geralmente, são realizadas, no mínimo, quatro ecografias, mas essa quantidade pode variar de mulher para mulher.
Na primeira ecografia, realizada precocemente, confirma-se a gravidez, verifica-se se ela está implantada no local adequado (dentro do útero) e se é uma gestação única ou múltipla. Em casos de gravidez ectópica, em que o embrião se desenvolve fora do útero, mais frequentemente nas trompas uterinas, a situação deve ser estudada e tratada, pois pode constituir uma situação que pode colocar em risco a vida da mãe. Dependendo do caso, pode ser necessário um tratamento cirúrgico.
Com as medições efectuadas na primeira ecografia é possível saber com precisão quantas semanas tem a gravidez e programar toda a vigilância subsequente, bem como determinar a data provável do parto.
Na segunda ecografia, chamada ecografia do 1º trimestre, feita entre a 11ª a 13ª semanas de gestação, avalia-se o desenvolvimento do bebé, principalmente de determinadas estruturas. São realizadas medições que, conjugadas com análises sanguíneas, permitem ajudar a calcular o risco de trissomia 21 ou síndrome de Down, de outros distúrbios cromossómicos e alterações cardíacas. Essa ecografia deve ser realizada neste intervalo específico porque depois deixa de ser possível avaliar essas estruturas na ecografia.
A terceira ecografia, chamada ecografia morfológica do 2º trimestre é feita entre a 20ª e a 22ª semana, é fundamental para examinar os órgãos internos do bebé. Permite examinar, principalmente, coração, cérebro, pulmões, estômago, bexiga e rins. Também é possível observar ossos, como a coluna, o fémur, entre outros, e medir as veias e artérias cerebrais e do coração. Permite ainda identificar o sexo do bebé.
A ecografia do 3.º trimestre é feita entre a 30ª e as 32ª semanas, permitindo avaliar o crescimento do bebé, bem como a sua posição, a localização da placenta, o volume do líquido amniótico, as condições de respiração e movimentação do bebé, entre outras condições. Estas informações poderão ajudar a planear a altura e via de parto.
Durante a gravidez pode haver necessidade da realização de ecografias adicionais, dependendo de cada caso.
As ecografias são fundamentais para o acompanhamento do desenvolvimento da gravidez e devem ser feitas por todas as grávidas, por obstetras com diferenciação em ecografia obstétrica.
Na Clínica da Praça Velha, o Dr. Pedro Manso tem uma vasta experiência na área da obstetrícia e diferenciação em ecografia obstétrica e poderá acompanhá-la nesta fase tão importante da sua vida.